Zé Pelintra: origem e história
Personagem bastante conhecido
seja por freqüentadores das religiões onde atua como entidade, seja por sua
notável malandragem, Seu Zé tem sua imagem reconhecida como um ícone, um
representante, o verdadeiro estereótipo do malandro, ou porque não dizer, da
malandragem brasileira e mais especificamente, carioca. Não raro, encontra-se
pessoas que o conhecem de nome e pela malandragem, mas não sabem que este é uma
entidade do Catimbó e da Umbanda; outras já o viram retratado inúmeras vezes,
mas não sabiam que se tratava de “alguém” e também encontraremos os que o
conhecem apenas como entidade e desconhecem sua origem e história, estes porém,
menos freqüentes. O fato é que a figura de Zé Pelintra, de uma forma ou de
outra, permeia o imaginário popular da cultura brasileira e é retratada de
diversas maneiras.
Seu Zé é a única entidade da
Umbanda que é aceita em dois rituais diferentes e opostos: a “Linha das Almas”
(caboclos e pretos-velhos) e o ritual do “Povo de Rua” (Exus e Pombas-Giras).
A Umbanda de Zé Pelintra é
voltada para a prática da caridade – fora da caridade não há salvação -, tanto
espiritual quanto material – ajuda entre irmãos – , propagando que o respeito
ao ser humano, é a base fundamental para o progresso de qualquer sociedade. Zé
Pelintra também prega a TOLERÂNCIA RELIGIOSA, sem a qual o homem viverá
constantemente em guerras. Para Zé Pelintra, todas as religiões são boas, e o
princípio delas é fazer o homem se tornar espiritualizado, se aproximando cada
vez mais dos valores reais, que são Deus e as obras espirituais. Na humildade
que lhe é peculiar, Zé Pelintra, afirma que todos são sempre aprendizes, mesmo
que estejam em graus evolutórios superiores, pois quem sabe mais, deve ensinar
a quem ainda não apreendeu e compreender aquele que não consegui saber. Zé
Pelintra, espírito da Umbanda e mestre catimbozeiro, faz suas orações pelo povo
do mundo, independente de suas religiões. Prega que cada um colhe aquilo que
planta, e que o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória. Zé Pelintra faz
da Umbanda, o local de encontro para todos os necessitados, procurando solução
para o problema das pessoas que lhe procuram.
Ajudando e auxiliando os demais
espíritos. Zé Pelintra é o médico dos pobres e advogado dos injustiçados, é
devoto de Santo Antonio, e protetor dos comerciantes, principalmente Bares,
Lanchonetes, Restaurantes e Boates, e sempre recorre a Jesus, fonte inesgotável
de amor e vida. Na gira em que Zé Pelintra participa são invocados os caboclos,
pretos velhos, baianos, marinheiros e exus.
A gira de Zé Pelintra é muito
alegre e com excelente vibração, e também disciplina é o que não falta. Sempre
Zé pelintra procura trabalhar com seus camaradas, e às vezes, por ser muito
festeiro, gosta de uma roda de amigos para conversar, e ensinar o que traz do
astral. Zé Pelintra atende a todos sem distinção, seja pobre ou rico, branco ou
negro, idoso ou jovem. Seu Zé Pelintra tem várias estórias da sua vida, desde a
Lapa do Rio de Janeiro até o Nordeste.
Todavia, a principal história que
seu Zé Pelintra quer escrever, é a da CARIDADE, e que ela seja praticada e que
passemos os bons exemplos, de Pai para filho, de amigo para amigo, de parente
para parente, a fim de que possa existir uma corrente inesgotável de Amor ao
Próximo. Zé Pelintra prega o amparo aos idosos e às crianças desamparadas por
esse mundo de Deus. Se você, ajudar com pelo menos um sorriso, a um
desamparado, estarás, não importa sua religião ou credo, fazendo com que Deus
também Sorria e que o Amor Fraterno triunfe sobre o egoísmo. ZÉ PELINTRA pede
que os filhos de fé achem uma creche ou um asilo e ajudem no que puder as
pessoas e crianças jogadas ao descaso. Não devemos esquecer que a Fé sem as
obras boas é morta.
Zé Pelintra nasceu no nordeste,
há controvérsias se o mesmo tivesse nascido no Recife ou em Pernambuco e veio
para o Rio de Janeiro, onde se malandriou na Lapa e um certo dia foi
assassinado a navalhadas em uma briga de bar.
Assim, Zé Pelintra formou uma
bela Falange de malandros de luz, que vêm ajudar aqueles que necessitam, os
malandros são entidades amigas e de muito respeito, sendo assim não aceitamos
que pessoas que não respeitam as entidades e a umbanda, digam que estão
incorporados com seu Zé ou qualquer outro malandro e que eles fumam maconha ou
tóxicos; entidades usam cigarros e charutos, pois a fumaça funciona como
defumador astral.
Podemos citar além de Seu Zé
Pelintra, Seu Chico Pelintra, Cibamba, Zé da Virada, Seu Zé Malandrinho, Seu
Malandro, Malandro das Almas, Zé da Brilhantina, João Malandro, Malandro da
Madrugada, Zé Malandro, Zé Pretinho, Zé da Navalha, Zé do Morro, Maria
Navalhada, etc.
Os malandros vêm na linha de exú,
mas malandros não são exús!
Ao contrário dos exús que estão
nas encruzilhadas, encontramos os malandros em bares, subidas de morros, festas
e muito mais.
Salve seu Zé Pelintra!
Salve os Malandros!
Salve a Malandragem!
Sua comida: 7 pedaços de carne
seca e carne seca com farofa
Sua Bebida: Cerveja branca bem
gelada
Seu Habitat: Subida de Morros,
Cemitérios
Sua cor: Vermelho e Branco ou
Preto e Branco, ou ainda somente o Preto
PALAVRAS DITAS PELO “SEU” ZÈ :
Sete caminhos andei. Cheguei.
Sete perigos passei. Passou.
Sete demandas venci. Conquistei.
Sete vezes tentaram me derrubar.
Mais em pé fiquei.
Sete forças meu Pai Ogum me deu
pra levantar e vencer. Mereci e agradeci.
Lute por aquilo que quer.
Erga sua cabeça.
Acredite.
Confie.
Tenha fé
DEUS SALVE ZÉ PELINTRA!DEUS SALVE
ZÉ PELINTRA DAS ESTRADAS!
DEUS SALVE ZÉ PELINTRA DAS ALMAS!
DEUS SALVE A MALANDRAGEM!
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